A
Igreja Católica deve ter um novo Papa até a festa da Páscoa, no próximo dia 31
de março, disse nesta segunda-feira (11) o porta-voz do Vaticano, após o Papa Bento XVI ter
anunciado que vaí
renunciar em 28 de fevereiro.
"Temos
de ter um novo Papa na Páscoa", afirmou o padre Federico Lombardi em
entrevista. Segundo o porta-voz, será realizado um conclave (reunião de
cardeais para escolher o novo Papa) em 15 a 20 dias após a renúncia.
Na
lei canônica, há um dispositivo que prevê que um papa pode renunciar, mas
precisa fazê-lo por sua livre vontade, e não é necessário que sua renúncia seja
aceita por ninguém. A renúncia de um papa está prevista no Código de Direito
Canônico, no artigo 332.2, que estabelece que para ser válida é necessário que
seja de livre e espontânea vontade e que não precisa ser aceita por ninguém.
Segundo o código, uma vez tendo renunciado, o papa não pode mais voltar atrás.
A
Sé Vacante, ou seja, o tempo que transcorre de quando um papa morre ou renuncia
- como anunciou nesta segunda-feira Bento XVI - até que se eleja o sucessor,
começará em 28 de fevereiro às 20 horas de Roma (17h de Brasília), segundo
anunciou o próprio pontífice em sua carta de renúncia.
O
último pontífice a renunciar por vontade própria foi Celestino V, em 1294, após
apenas cinco meses de pontificado. Gregório XII abdicou a contragosto em 1415
para encerrar uma disputa com um candidato rival à Santa Sé. Outros registros
de papas que renunciaram são de Ponciano, em 235; Silvério, em 537; João XVIII,
em 1009; e Bento IX, em 1045.
Após
a saída ou morte do papa, os assuntos da igreja fica sob a responsabilidade do
Cardeal Decano, ou Camerlengo. É ele quem convoca o conclave, que significa “local
para reuniões secretas”, reúne todos os 120 cardeais da Igreja Católica no Vaticano. Eles ficam isolados
em celas particulares e se reúnem na Capela Sistina duas vezes por dia para
votar, durante nove dias, nove dias, ou pelo tempo que for necessário.
O voto é secreto. A votação é feita em papel. Para que um papa seja eleito o candidato deverá ter a maioria dos votos, ou seja, metade mais um. Depois de cada sessão, os papéis da votação são queimados. Se não houver uma definição, uma substância química é adicionada aos papéis para produzir uma fumaça escura, que sai pela chaminé do telhado do Palácio do Vaticano. Se houver uma definição, a fumaça é branca. O novo pontífice é anunciado para a multidão com a frase em latim “Habemus papam”.
Fonte: G1
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