Cidade do Vaticano - O Papa recebeu no
final da manhã deste sábado, (11/06), cerca de 650 participantes no Congresso
para Portadores de necessidades especiais, físicas, mentais ou sensoriais,
promovido pela Conferência Episcopal Italiana. Após alguns breves
depoimentos dos responsáveis pela Pastoral da Catequese italiana, duas meninas
fizeram perguntas ao Papa, representando os diversos portadores de necessidades
especiais presentes na Sala Paulo VI. Ao responder
espontaneamente à primeira, Francisco disse que “era uma pergunta muito
válida", por se referir às diversidades das pessoas.
“As diversidades, disse o Papa, sobretudo se forem grandes, nos causam
medo. Mas, por isto mesmo, elas se tornam um desafio. É muito fácil não se
incomodar com as diferenças das pessoas, ou melhor, ignorar a sua diversidade.
Porém, a diversidade é uma riqueza”.
Se no mundo tudo fosse igual, seria um “mundo chato”. As diversidades,
mesmo as mais dolorosas, nos ajudam, nos desafiam, nos enriquecem. Por isso,
não devemos temer as diversidades dos outros. Pelo contrário, devemos superar
este medo; colocar em comum o que temos.
Aperto
de mãos
Aqui, o Papa recordou um gesto humano muito belo, que fazemos quase
inconscientemente, mas que tem um significado muito profundo:
“Apertar
a mão. Com este gesto colocamos em comum o que temos com o outro, se este for
um gesto sincero. É uma coisa que faz bem a todos. A diversidade é um desafio
que nos faz crescer”.
Depois, respondendo à segunda pergunta de uma menina, portadora de
necessidades especiais, Francisco falou da discriminação - na paróquia, na
Missa, na Comunhão, nos Sacramentos - de uma pessoa portadora de deficiência
física, mental ou sensorial.
Todos são iguais e devem participar dos atos eclesiais, quer tenham os
cinco sentidos ou não. Diante de Deus, todos somos iguais, porque todos nós
amamos a Jesus e sua Mãe Maria. Neste sentido, “a diversidade é igualdade”, “a
diversidade é uma riqueza”.
Em uma paróquia, explicou o Papa, devemos acolher todos,
indistintamente. Os sacerdotes e os leigos não devem fechar a porta da igreja
àqueles que são diferentes de nós: ou todos ou ninguém! Devem ajudar as pessoas
diferentes a entender a fé, o amor, a amizade.
Acolher
e ouvir
Logo, é preciso “acolher e ouvir” a todos, ou seja, pôr em prática a
“pastoral da escuta”.
"Mas, Padre, é tão chato ouvir, porque são
sempre as mesmas coisas, as mesmas histórias. Porém, ninguém é igual ao outro.
As pessoas trazem Jesus no coração. Por isso devemos ouvi-las com paciência.
Acolher e ouvir a todos”.
No final do encontro na Sala Paulo VI, o Papa convidou os presentes a
invocar Nossa Senhora, com a oração da “Ave Maria e, por fim, após conceder a
sua bênção Apostólica, passou a cumprimentar algumas pessoas portadoras de
diversidades especiais mais graves.
Fonte: Radio Vaticano
Fonte: Radio Vaticano
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